Japão não está de brincadeira e anuncia construção de supercomputador que deixará competidores no chinelo
- Redação
- 19 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de out. de 2024
Atualmente, o supercomputador mais rápido do mundo pertence aos EUA
Os japoneses anunciaram seus planos para construir o primeiro supercomputador da classe zeta do mundo. Com ele, alcançarão velocidades de processamento mil vezes mais rápidas que as atuais graças ao projeto Fugaku Next, iniciativa apoiada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do país. E, quanto à data aproximada de lançamento, o Japão que já têm o ano de 2030 em mente.
Quão poderoso será e quanto custará?
A intenção do projeto Fugaku Next é atingir velocidades na escala de zetaFLOPS, aspecto que permitirá sextilhões de cálculos por segundo. Desta forma, poderão ultrapassar a escala exaFLOPS que, em suma, permite realizar um quintilhão de cálculos por segundo. Por este motivo, estima-se que o custo do projeto ultrapasse os US$ 750 milhões e que, além disso, a sua criação enfrentará importantes desafios relacionados com a eficiência energética. Segundo as primeiras estimativas, uma máquina com tal tecnologia exigiria uma quantidade de energia equivalente à produção de 21 usinas nucleares.
Com este projeto, a intenção do Japão é resolver problemas utilizando tecnologias avançadas e colaborar com empresas como Fujitsu e RIKEN. No passado, o supercomputador Fugaku (predecessor deste projeto) tornou-se o mais rápido do mundo de junho de 2020 a junho de 2022 graças ao alcance de 442 petaFLOPS, mas atualmente ocupa o quarto lugar no TOP 500.
Atualmente, o mais rápido do mundo é o Frontier, uma build localizada no Tennessee (Estados Unidos) com desempenho de 1.206 exaFLOPS. Assim que chegar ao mercado, o projeto do Japão tomará o seu lugar, mas poderá desencadear uma corrida de supercomputadores entre nações que levará a um aumento do investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Para colocar as coisas em perspectiva, o atual supercomputador mais rápido do mundo é o Frontier, localizado no Tennessee, Estados Unidos. Usando CPUs AMD Epyc e GPUs AMD Instinct, essa máquina está atualmente no topo do benchmark TOP500, com performance estimada em 1.206 exaFLOPS.
O prefixo zeta denota mais ou menos mil vezes o exa. Assim, o Fugaku Next pode ser até mil vezes mais poderoso que o Frontier e outros supercomputadores mais potentes da atualidade que operam no nível dos exaFLOPS. Dessa forma, os cálculos por segundo vão passar de um quintilhão por segundo da atualidade para até um sextilhão por segundo.
Potencial do supercomputador é incrível, mas seu consumo também
Supercomputadores atualmente são usados em diferentes áreas da pesquisa e ciência, ajudando no cálculo de modelos climáticos, astrofísicos e farmacêuticos – sem contar o desenvolvimento de IA, obviamente. O Fugaku Next pode levar esses modelos além, inclusive até sendo capaz de simular o funcionamento de um cérebro humano por completo.
Porém, todo esse desempenho tem uma demanda energética igualmente impressionante. Segundo o TechSpot, especialistas estimam que seria necessária a eletricidade gerada por 21 usinas nucleares para o Fugaku Next funcionar. Não se sabe ainda como o Japão vai conseguir atender a essa demanda ou qual será seu impacto ambiental.
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