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Taxa Selic sobe para 10,75%: como ficam os rendimentos em Renda Fixa?

Atualizado: 23 de out. de 2024

Após elevação da taxa básica de juros brasileira, veja os rendimentos simulados dos principais investimentos de Renda Fixa com a Selic em 10,75%


Grafico de Ilustração
Ilustração

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (18), por elevar a taxa básica de juros brasileira em 0,25 p.p., alcançando novamente o patamar de 10,75% ao ano. A elevação era esperada pelo mercado, encerrando o ciclo de manutenção em 10,50% que seguia desde a reunião de maio deste ano. A decisão foi acompanhada por um comunicado com tom mais restritivo. O movimento era previsto pelos economistas, que projetam a Selic em 11,75% no final deste ano.

“O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista. Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, relatou o comitê em seu comunicado.


Como ficam os retornos dos investimentos com a Selic a 10,75% a partir de uma aplicação de R$ 10.000?


Com o aumento da taxa, o que se espera para os rendimentos dos investimentos em Renda Fixa?

Preparamos na tabela abaixo uma simulação dos principais ativos da modalidade:


Premissas:


Investimento inicial: R$ 10.000,00


Data inicial: 17/09/2024


Selic fixa durante todo o período em 10,75%


Rentabilidade Tesouro Selic: 100% Selic + 0,06% (hoje)


Taxa de custódia B3: 0,2% para Tesouro Selic


Tesouro Selic e CDB já líquidos de impostos


TR: 0,02% ao mês – média das projeções mensais da LCA (consultoria econômica) dos próximos 5 anos


O que esperamos que aconteça com a curva de juros


Antes da decisão, o mercado apresentava uma parcela (ainda que menor) que esperava aumento de 0,5 p.p. na decisão de juros no Brasil. Com a concretização do aumento de 0,25 p.p., entendemos ser possível ocorrerem ajustes marginais de expectativas na curva de juros como resultado do Copom (leve fechamento na parte curta e abertura na longa).

No entanto, destacamos que o dia contou também com reunião de política monetária do Fed, que deverá afetar a curva de juros local, principalmente considerando que as expectativas por lá estavam divididas. A decisão de corte de 0,5 p.p. deverá acentuar a abertura da curva local na parte longa.

Continuamos com visão positiva para a renda fixa de maneira geral, principalmente para títulos atrelados à inflação (IPCA+). As taxas de juros nominais permanecem elevadas, ainda que os spreads tenham diminuído, e as taxas reais (acima da inflação) estão em patamares ainda mais interessantes, em nossa opinião.

Adicionalmente, as projeções indicam que a inflação deve permanecer acima do centro da meta de 3% nos próximos dois anos. Por fim, ainda é necessária cautela, com os riscos locais e globais a serem monitorados, o que favorece a alocação em ativos como a renda fixa.


Glossário


Entendendo os termos sobre as condutas do Banco CentralDovish: A origem vem da palavra dove, pomba em português. Sinaliza uma conduta do Banco Central mais confiante de que o cenário de inflação não será um problema, e, portanto, pendente a adotar uma política monetária expansionista ou menos restritiva para estimular a economia.

Hawkish: A origem vem da palavra hawk, falcão em português. Sinaliza uma conduta do Banco Central preocupada com os riscos inflacionários, e, portanto, pendente a adotar uma postura monetária mais dura, com subidas mais fortes na taxa de juros, ainda que isso possa prejudicar o emprego e a atividade no curto prazo.


Agenda de reuniões do Copom – 2024


  • 30 e 31 de janeiro

  • 19 e 20 de março

  • 7 e 8 de maio

  • 18 e 19 junho

  • 30 e 31 de julho

  • 17 e 18 de setembro

  • 5 e 6 de novembro

  • 10 e 11 de dezembro


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